#GrandesMulheres: Hipatia
- Nathália

- 11 de mai. de 2022
- 2 min de leitura
Uma das vozes mais influentes, e raras, da Antiguidade é uma das muitas (ainda que desconhecidas) mulheres que enfrentaram todos os desafios possíveis e se tornaram referências em seu trabalho. Em uma época onde apenas nascer mulher já era determinante para seu futuro e, claro, com pouquíssimas possibilidades, Hipátia se destacou.
Nascida em 370 d.C., em Alexandria, Egito, Hipátia era filha de um matemático, filósofo e astrônomo, Theon, o último diretor do Museu de Alexandria. Ela nunca atuou no papel clássico de mulher. Dedicou sua vida toda ao trabalho científico, declarou-se "casada com a verdade". Estudou em Atenas e, ao regressar para sua cidade natal, acabou lecionando Matemática e Filosofia. Outras habilidades adquiridas ao longo dos anos fez com que ela se tornasse uma ótima palestrante e, logo depois, a levou ao cargo de Conselheira de Orestes, seu ex-aluno e prefeito do Império Romano do Oriente.
Hipátia foi a primeira mulher - documentada - matemática. Além da formação, ela ensinou matérias como Astronomia e Filosofia na escola de Alexandria; aprendeu Lógica e Matemática, além de Direito. Mesmo sendo reconhecida pela sua parcialidade, racionalidade, educação e tolerância, ela acabou despertando o ódio de muitas pessoas. Pagã, ela acreditava que as crenças não deveriam interferir nos estudos e na vida em sociedade, apenas na vida privada de cada pessoa. Isso não agradou os inúmeros cristãos que viviam (e tinham aulas!) na região.
Acusada de ser anti-cristã e blasfêmia por recusar a abandonar suas próprias crenças pagãs, sofreu uma emboscada e foi assassinada por uma multidão de cristãos. O assassinato teria sido tão violento que marcou o fim da Antiguidade Clássica. Outro marco é a queda da chamada "vida intelectual" em Alexandria.
Hipátia, foi uma mulher apaixonada por números e ciência. Uma das últimas intelectuais a trabalhar na famosa Biblioteca de Alexandria, primeira matemática que a História registrou e uma das mulheres mais influentes da época. Desafiou os padrões da época que insistem em assombrar até os dias de hoje e excluem mulheres da ciência, mas a verdade é que não dá para voltar a viver no passado e o avanço é inevitável.









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